Cases de sucesso motivam jovens de MS a empreender

Imagem: Deputado Marcio Fernandes ladeado pelos empresários palestrantes
Deputado Marcio Fernandes ladeado pelos empresários palestrantes
13/08/2015 - 13:31 Por: Andreia Araujo    Foto: Marco Miatelo

A segunda noite da Semana Estadual do Jovem Empreendedor foi marcada por histórias de sucesso de empreendedores que, a partir de uma grande ideia, transformaram o seu futuro e o futuro de muitas pessoas. Estudantes da Rede Estadual de Ensino lotaram o Plenário e o saguão da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul para conhecer os “cases” que tornaram cidadãos comuns em grandes empresários. Representantes de movimentos de jovens empreendedores e conselheiros da Endeavor (Ong internacional que apoia empreendedores de alto impacto) também participaram do evento. O deputado estadual Marcio Fernandes destacou a importância das palestras como inspiração, especialmente para os alunos que vão cursar o ensino superior ou que já fazem um curso técnico. “É motivador ouvir essas histórias de perseverança e ver que é possível começar do zero e vencer na vida. Essa é a proposta do evento, mostrar que a sorte está aliada à oportunidade. Os jovens que se interessam e se preocupam em participar já saem na frente dos demais”, garante o deputado.

O empresário sul-mato-grossense Ricardo Nantes, proprietário do Portal Educação, disse que começou no empreendedorismo aos seis anos de idade vendendo garrafada para a população idosa do bairro onde morava. Inspirado pelas biografias de humanistas e inventores que mudaram o mundo, Ricardo explica que pensava em criar uma ferramenta virtual que oferecesse informação científica para as pessoas. “O Portal surgiu em 2000, ainda na casa dos meus pais. O primeiro lucro veio depois de quatro anos. Hoje a empresa conta com 32 áreas do conhecimento; oferecemos curso à distância, pós-graduação, além de inglês e espanhol à distância. É uma conquista que nos enche de orgulho”, declara.

O jovem consultor da Endeavor, João Melhado, detalhou as três formas de atuação da Ong, que opera em oito Estados do Brasil: 1º) Potencializar empreendedores de alto impacto, 2º) Inspirar e capacitar os atuais e futuros empreendedores, 3º) Provocar mudanças no ambiente empreendedor. Segundo ele, o país evoluiu muito no que se refere às políticas públicas voltadas para o empreendedorismo e os jovens tem mais acesso à educação e capacitação nas universidades. “Empreender deixou de ser um paradigma. Enquanto a “boy band” era o sonho de todo o jovem, hoje “o cara” quer ter uma startup. Ver essa vontade latente nos jovens é o que estimula os consultores da Endeavor, embora os gargalos do ambiente regulatório e burocrático ainda existam. Nosso papel é indicar as possibilidades”, afirma o consultor.

O diretor e fundador do Instituto Global Attitude, Rodrigo Reis, explicou como começou o trabalho com cooperação internacional e fez uma rápida apresentação (pitch) sobre o projeto Diplomacia Civil, que leva jovens brasileiros a participar de debates e reuniões com líderes dos governos mais importantes do mundo nas conferências internacionais. “Comecei minha carreira limpando banheiro e lavando pratos para cursar inglês. A realização de um sonho veio com a formalização do Instituto e o apoio que damos para criar estimular os futuros líderes que representarão o Brasil internacionalmente”, conclui. Desde 2012, o programa coordenou 12 delegações, 7 fóruns mundiais em 9 países diferentes.

Wilson Poit, Presidente da SP Negócios e SP Turis e secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo de São Paulo, finalizou as palestras da noite com uma história bem-sucedida de um empreendedor caipira que morou até os anos de idade na zona rural e decidiu ir para a metrópole paulista estudar. Wilson se formou em engenharia elétrica e deu uma aula de motivação e entusiasmo. Contou que teve várias empresas, mas que o sucesso só veio aos 40 anos com a fundação da Poit Energia – empresa que trabalhava com aluguel de infraestrutura temporária – e que virou líder de mercado. “Sempre tive o sonho de ter um negócio que fosse muito grande, que tivesse escala, dependesse menos de mim, pagasse todos os impostos e que pudesse abrir capital na bolsa. Errei muitas vezes, mas estava sempre pensando em alguma coisa. Aos 40 anos, fui um cliente mal atendido por uma empresa locadora de geradores elétricos para um show que eu fiz em São Paulo e eu resolvi fazer exatamente aquilo por achar que poderia fazer melhor; empacotar diferente, agregar mais valor, além de estar associado ao setor elétrico que era a minha paixão”, lembra.

Wilson recomendou atenção para os futuros empreendedores neste momento econômico difícil pelo qual passa o país. Explicou que é na crise que o dinheiro troca de mão e aquele que for mais criativo consegue identificar a oportunidade. “Quem eu sou? No que eu sou bom? Quem eu conheço? Essas três perguntas ajudam a orientar quem busca por respostas. O Não a gente já tem. Precisamos ir atrás do sim. O sim depende da nossa atitude e o Brasil precisa de gente pensando em criar empregos; não só procurar empregos, finaliza Poit.


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