Paulo Corrêa critica portaria da Funai e alerta sobre possível crise
06/08/2008 - 14:45
Por: Mariana Fedrizzi
Foto: Assessoria
Para o deputado, a atitude da Funai e do Ministério Público Federal em começar os trabalhos sem divulgá-lo, sem comunicar ao governador, e nem divulgar o processo e quais propriedades serão alvo do estudo, é equivocada, e reforçou a preocupação com o grupo de trabalho pagos pela Fundação, já que os considera parcial e que um dos antropólogos, é conhecido por vender laudos. “Este antropólogo vende laudos, e já chegou aqui acusando o governador de não fazer nada em favor dos índios, a Funai é um órgão desorganizado e não sabe destinar os recursos, o governo tem feito boa parte do trabalho que era deles [Funai]”, declarou o deputado lembrando que ainda que o antropólogo pediu escolta a polícia por se sentir ameaçado por um proprietário rural que queria apenas filmar o processo de trabalho dele.
Corrêa ressaltou ainda que a portaria da Funai está causando prejuízos para o Estado, já que está retraindo investimentos, como a Portocel empresa portuguesa que trabalha com papel e celulose que estava com a vinda certa para MS e hoje teme a instalação no Estado, além de ter desvalorizado o valor das terras.
Uma das maiores preocupações de Corrêa em relação às demarcações é que as terras serão expropriadas, “na reforma agrária há a desapropriação, o produtor rural é ressarcido pela propriedade, o Incra tem orçamento para pagar. Já a expropriação ela apenas é retirada a posse do fazendeiro, que recebe apenas pelas benfeitorias”. Frizou o deputado.
Para Paulo Corrêa, o processo não é justo, porque a União alienou as áreas e as titulou na década de 40. Ele disse que o Brasil era dos índios há 500 anos. Considerou injusto só atingir Mato Grosso do Sul com a decisão de dar terras aos Guarani - Caiowás, já que se trata de tribo nômade.
O deputado defendeu ainda que este grupo de trabalho, para ter transparência, deve ser composto por representantes dos produtores rurais, Famasul, e do governo, e que este deve ser um processo aberto.
As matérias no espaço destinado à Assessoria dos Parlamentares são de inteira responsabilidade dos gabinetes dos deputados.