<EM>Um ano após Lei que autoriza o uso de softwares livres na administração pública, legislativo, executivo e ministério público contam os resultados de parcerias </EM><P></P>Termina hoje o 2º Encontro Técnico de Software Livre na Administração Pública. Nestes dois dias de palestras a presença de profissionais do governo, universidades e sociedade civil superou as expectativas de público segundo os organizadores. Autor da Lei que permite o uso do SL pela administração pública, o deputado estadual Pedro Kemp (PT) participou da abertura do evento entusiasmado com o trabalho já realizado pela sociedade civil e órgãos do governo. <P></P>Segundo um dos principais articuladores da interação entre diversos órgãos públicos, o gestor em Metodologia da SGI*, William Machado, a migração de sistemas internos do Ministério Público, Procuradoria Geral do Estado e Legislativo para tecnologias em software livre estão entre as conquistas. Mas o que parece saltar aos olhos é a efetivação de convênios entre órgãos públicos e universidades do estado para o desenvolvimento de sistemas de controle interno e de comunicação com o cidadão. Daqui em diante, segundo William “nosso maior desafio é aumentar a interação entre os órgãos públicos para planejamento e integração de ações em software livre”. <P></P>Segundo ele, neste processo de cooperação entre Poderes e a sociedade algumas pessoas foram peças chave como os profissionais de TI, Rui Teté na PGE, Rogério Cintra no MPE e José Luis Pissim, coordenador do Projeto Software Livre que engloba usuários, acadêmicos e sociedade civil. <P></P>Para se entender a importância do uso do software livre na administração pública talvez seja mais fácil imaginar que a utilização de um produto diferente do mais consumido atualmente pelo poder público (ex: software Microsoft), tem implicações reais como o aproveitamento de mão-de-obra e geração de emprego (só em Campo Grande são 13 os cursos de graduação oferecidos na área de tecnologia da informação), fomento a pesquisa em tecnologia (os softwares livres permitem a alteração de seus códigos), barateamento de custos em alguns casos e maior aproveitamento de hardware (parte física do computador). <P></P>Além dessas vantagens o software livre tem características que o tornam muito atraentes para os projetos de inclusão digital, ou seja, aqueles projetos em que as pessoas têm acesso pela primeira vez à internet utilizando micros doados por instituições ou pelo estado. O não pagamento de licenças (direito de uso de software) barateando em muito esses projetos acabaram tornando o Software Livre uma bandeira de partidos preocupados com os projetos de alcance social. <P></P><P></P>* Superintendência de Gestão da Informação da Secretaria de Receita e Controle do Estado de MS.