Pequenos produtores pedem melhor tratamento e renegociação de dívidas

05/05/2005 - 22:00 Por: Assessoria de Imprensa/ALMS   

A audiência pública sobre as perdas da agricultura familiar com a estiagem conseguiu mobilizar mais de 300 pessoas no Plenário da Assembléia Legislativa. Proposta pelo deputado Pedro Kemp (PT-MS) em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Agrário e o mandato do deputado João Grandão (PT-MS) o objetivo do encontro era expor a situação de calamidade dos pequenos produtores que são responsáveis por mais de 77% de todos os empregos gerados no campo e que tiveram perdas sensíveis em culturas como o milho (33,46%), feijão (66,6%), arroz (24%), algodão (47%), e pastagens (47%).
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Conforme o deputado Pedro Kemp em seu discurso de abertura, 7 em cada dez empregos no campo tem origem na agricultura familiar. O deputado federal João Grandão foi responsável por explicar os encaminhamentos realizados pela bancada de apoio aos pequenos produtores na Câmara Federal e prometeu novas gestões já para semana que vem, no sentido de incluir o MS no rol dos estados atendidos pelo Governo Federal com ações emergenciais contra a estiagem.
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Tanto João Grandâo, quanto o secretário de desenvolvimento agrário e o deputado Pedro Kemp confirmaram suas expectativas de uma reavalição da resolução do governo que permitiu socorro aos pequenos produtores dos estados do Sul.
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Ao chegar ao final da tarde, o representante do Ministério do Desenvolvimento Agrário,
José Carlos Zukowsky, confirmou a existência de elementos que justifiquem o auxílio que foi concedido ao RS, PR e SC e contidos na resolução 3135 do Banco Central – renegociação de contratos, novos financiamentos, etc.
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Movimentos sociais – O representante do Ministério do Desenvolvimetno Agrário leva para Brasília uma pauta específica de reivindicações da FAF (Federação dos Trabalhadores em Agricultura Familiar), da CPT/MS (Comissão Pastoral da Terra), da EFA (Escola Família Agrícola) e do MMC (Movimentos de Mulheres Camponeses), entre elas está a desburocratização do PROAGO-MAIS; revisão das análises do Banco do Brasil quanto as estimativas da produção; anisitia da parcela do PRONAF que vence neste ano; e a inclusão do estado de MS no programa de socorro por conta da estiagem que alcançou até o momento apenas os estados do Sul.
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Compuseram a mesa de autoridades o representante do Ministro do Desenvolvimento Agrário, José Carlos Zukowsky, delegado federal de desenvolvimento agrário, Celso Arruda, o secretário de estado de desenvolvimento agrário, Valteci Ribeiro de Castro Júnior; o superintendente da CONAB, Alfredo Sérgio Rios; o presidente da federação dos trabalhadores na agricultura (Fetagri), Geraldo Teixeira de Almeida; o representante do Fórum da Terra, Paulo César Farias; a representante do movimento de mulheres camponesas, Minerva Gonçalves; e o representante da superintendência do Banco do Brasil, Loureno Budke.

</P>Seca - Somente nas regiões mais afetadas do MS os agricultores familiares são 31 678 famílias, entre agricultores familiares tradicionais, assentados da reforma agrária e do Banco da Terra, reassentados atingidos por barragens, indígenas e comunidades negras rurais. </P>
Segundo estudo do Ministério do Desenvolvimento Agrário em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisa (FIPE) e a USP, a agricultura familiar é responsável por 33% do PIB do agronegócio, respectivamente 10% do PIB Nacional.
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