Retrospectiva 2012: Kemp vai ao "Lixão" e repudia truculência aos catadores

Imagem: Catadora lamenta a Kemp episódio de segregação social
Catadora lamenta a Kemp episódio de segregação social
19/12/2012 - 16:47 Por: Jacqueline Lopes    Foto: Jacqueline Lopes

Nas vésperas do Natal e Ano Novo a desativação do “Lixão”, na região do bairro Dom Antônio Barbosa, em Campo Grande, foi marcada por violência com ação policial e da guarda municipal para a expulsão dos “garimpeiros” dentro e fora da área municipal.

A ação que teve uso de gás de efeito moral, tiros com balas de borracha, prisões e trabalhadores feridos foi duramente criticada pelo deputado estadual Pedro Kemp (PT) na tribuna da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul.

Denúncias de truculência policial e falta de uma solução para o problema social que cerca a situação dos catadores do Dom Antônio Barbosa foram trazidas para o Mandato Pedro Kemp.

O parlamentar além de ocupar a tribuna e criticar duramente a atual administração municipal pela ação, também denunciou a onda de abertura de licitações milionárias como a da coleta do lixo, transporte coletivo, inspeção veicular e até da comunicação.

Kemp chamou de “licitações feitas no afogadilho”.
“A Prefeitura foi protelando o TAC e no final da gestão, de uma hora para outra decidiu fechar o “Lixão” sem uma solução para os catadores de material reciclável. E isso às vésperas do Natal! Uma irresponsabilidade isso, no apagar das luzes”, criticou na tribuna e pediu à Presidência da Assembleia um intervenção junto à Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública.

“É um drama social. É preciso que se estabeleça um clima de negociação, não chegar com cavalo, gás lacrimogêneo em cima de quem está tirando o sustento do lixo!”.

Kemp deixou a sessão e foi até a área onde aconteceu o confronto. Na entrada, policiais militares cercavam o local e confirmaram que após três décadas o “Lixão” foi desativado.

Dona A.E., 54, fez um desabafo ao dizer que os companheiros do garimpo do lixo perderam o sustento da família, pois uma pequena parte foi aproveitada numa cooperativa e a maioria, segundo ela, ficou sem trabalho. A.E. contou para Kemp como foi a ação da Polícia Militar e da Guarda Municipal. “Tinha mulher, idosos, crianças, todo mundo correndo de medo. Fomos tudo tratado como animal”.
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