O líder da bancada ruralista na Assembléia Legislativa, deputado Zé Teixeira, está articulando a ampliação do prazo de pagamento de dívidas com o Banco do Brasil para os produtores prejudicados com a perda da safra de soja este ano.<BR><BR>Ele pediu que o secretário de Produção e Turismo, Dagoberto Nogueira Filho, agende audiência entre os produtores rurais da região da Grande Dourados, mais afetados pelo problema, e o superintendente do Banco do Brasil, Marcos Luiz Galles, na tentativa de alongar o prazo.<BR><BR>Segundo Zé Teixeira, técnicos do Banco do Brasil devem analisar caso a caso, já que alguns produtores, que plantaram a soja mais cedo e de variedades precoces, estão conseguindo colher até 50 sacas por hectare, enquanto outros não devem conseguir colher nada, devido aos últimos 20 dias de estiagem.<BR><BR>“Esse ano estamos com uma estiagem de 15 a 20 dias. Somando às perdas de quase 70% ocorridas no ano passado, muitos produtores não vão conseguir quitar suas dívidas, seus empréstimos. Os que plantaram precoce vão conseguir honrar seus compromissos, mas quem teve perdas, precisa dessa ajuda”, avaliou Zé Teixeira.<BR><BR>De acordo com o parlamentar, o problema é que a planta estava acostumada com fortes chuvas e agora, com a estiagem, não está aprofundando suas raízes, o que está causando danos nos grãos.<BR><BR>“O grão fica chocho, não pega cor natural, seca com o grão ainda verde. Segundo agrônomos que ouvimos, algumas lavouras não vão conseguir colher nada. Tem de haver essa vistoria de técnicos do Banco do Brasil para não haver injustiça”, defendeu o parlamentar. <BR><BR>O objetivo de Zé Teixeira é montar uma comissão composta por representantes da classe rural, pelo secretário Dagoberto Nogueira e pedir o apoio da bancada federal na tentativa de sensibilizar o ministro da Agricultura e Pecuária, Roberto Rodrigues.<BR><BR>“Como deputados não podemos fazer outra coisa a não ser dar apoio, mobilizar nossa bancada, o governador Zeca do PT e pedir o apoio do nosso ministro da Agricultura, na tentativa de resolver essa questão”, concluiu Zé Teixeira.<BR>