Assembléia pode interferir para mudar comando da Embrapa

02/05/2005 - 12:00 Por: Assessoria de Imprensa/ALMS   

<p><font face="Verdana" size="2">A Assembléia Legislativa de Mato Grosso do Sul pode interferir para mudar o comando da Embrapa Agropecuária Oeste de Dourados, acusado de negligenciar e ser omisso no atendimento a produtores rurais interessados em expandir o agronegócio no município. </font></p><p><font face="Verdana" size="2">O assunto, amplamente debatido em duas sessões seguidas na semana passada, deve ser retomado nesta semana, já que o deputado estadual Zé Teixeira (PFL) pediu apoio dos demais colegas para encaminhar documento ao deputado federal João Grandão (PT), integrante da Comissão de Agricultura da Câmara, para tomar providências sobre o assunto. </font></p><p><font face="Verdana" size="2">Atualmente a unidade da Embrapa de Dourados é comandada pelo chefe-geral Mário Urchei, que receberá amanhã no município o diretor-executivo da empresa, José Geraldo Eugênio de França, que chega para discutir o Plano Diretor da Unidade, além das metas para este ano. </font></p><p><font face="Verdana" size="2">Em recente discurso, o deputado criticou a atuação da empresa no município baseado em reclamação encaminhadas por produtores rurais por meio de um relatório no qual apontam uma série de deficiência administrativa. </font></p><p><font face="Verdana" size="2">Entre as reclamações, consta que a chefia da Embrapa está preterindo os produtores sob pretexto de que o agronegócio não é prioridade de pesquisa. “Anualmente, além da participação em eventos gerais, centenas de agricultores buscavam diretamente, na Unidade, informações e recomendações tecnológicas. Hoje, nenhum agricultor é visto na sede da instituição, a exceção de eventos especiais”, diz trecho do extenso relatório. </font></p><p><font face="Verdana" size="2">Os agricultores apontam que a programação de pesquisa era baseada em prioridades sociais e classificadas por levantamentos de demandas periódicas obtidas “in loco” com metodologias apropriadas, mas agora é imposta e esta desconectada da realidade e sem continuidade. </font></p><p><font face="Verdana" size="2">Acusam também a Embrapa de abandonar totalmente a extensão localizada em Mato Grosso, onde três profissionais altamente qualificados e conhecedores do Estado permaneceram 18 meses recebendo seus salários sem trabalhar, pelo fato da direção não ter dado continuidade aos trabalhos e nem novos direcionamentos com outros projetos. </font></p><p><font face="Verdana" size="2">Eles criticam ainda o cancelamento da parceria técnica com a Fundação Chapadão, de Chapadão do Sul, com a proposta de retirada do único pesquisador da Embrapa, residente no município, que exerce importantes ações de pesquisa e transferência de tecnologias na região e extremo sul  de Mato Grosso e sudoeste de Goiás, facilitando a ação de outros centros de pesquisa da empresa. </font></p><p><font face="Verdana" size="2">“A Embrapa, que é uma empresa de pesquisa importante, não pode funcionar por indicação ideológica. O doutor Paulino foi o homem quem detectou o primeiro ponto da ferrugem do soja”, disse Zé Teixeira, referindo-se ao pesquisador  da empresa Paulino José Melo Andrade, cedido à Fundação Chapadão em agosto de 2003. </font></p><p><font face="Verdana" size="2">A unidade da Embrapa de Dourados está sendo acusada ainda de fechar laboratório de solos para o público externo, de reduzir programa de pesquisa com mandioca, desestruturar o sistema de parcerias com fundações, secretarias, governos, empresas, universidades, cooperativas e instituições públicas e privadas, além de paralisar importantes ações de pesquisa na área do agronegócio na região, com o pretexto de atuar mais em agricultura familiar. </font></p>
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