<p><font face="Verdana" size="2">Deputados de oposição e da base aliada do governo na Assembléia Legislativa travaram debate na sessão desta terça-feira, sobre a crise institucional que envolve o PT e o Palácio do Planalto. </font></p><p><font face="Verdana" size="2">A discussão veio à tona depois que o líder da bancada do PT na Casa, Pedro Teruel, foi à tribuna defender seu partido. </font></p><p><font face="Verdana" size="2">Teruel observou que, apesar das denúncias sobre a suposta existência de caixa dois durante a campanha e sobre o pagamento de mesada (mensalão) a parlamentares da base aliada em troca de apoio no Congresso, o PT e o presidente Lula defendem profunda investigação do fato. </font></p><p><font face="Verdana" size="2">Em sua avaliação, o PT, apesar do desgaste em razão do envolvimento, pelo menos convocou a imprensa e afastou os membros envolvidos no esquema de mesada, conforme denúncia feita pelo presidente licenciado do PTB, deputado federal Roberto Jefferson (RJ). </font></p><p><font face="Verdana" size="2">O líder do PT provocou o debate ao lembrar que o PSDB deveria fazer o mesmo, em alusão ao presidente nacional da legenda, Eduardo Azeredo, que também teria sido beneficiado pelo esquema financeiro operado pelo empresário Marcos Valério, em eleições passadas. </font></p><p><font face="Verdana" size="2">"Nem por isso o PTB e o PSDB levaram o debate para a sede do partido, por isso o PT acabou ficando como o único partido que, digamos assim, tirou o "bode de dentro da sala para dentro do Congresso", disse. </font></p><p><font face="Verdana" size="2">Para Teruel, tanto o partido quanto o presidente Lula têm defendido apuração dos fatos. </font></p><p><font face="Verdana" size="2">"O PT quer que as denúncias sejam investigadas até as últimas consequências. O presidente Lula e o governador Zeca do PT também se manifestaram que a investigação é a melhor coisa que tem acontecido para o governo e para o PT", colocou Teruel, ao ser aparteado pelos deputados de oposição Waldir Neves (PSDB) e Zé Teixeira (PFL). </font></p><p><font face="Verdana" size="2">Waldir cobrou serenidade dos adversários, dizendo que seja qual for, o crime está tipificado no Código Penal. "A poeira saiu debaixo do tapete do PT, se alguém cometeu antes tem de denunciar, agora as denúncias têm que ser investigadas", reagiu o tucano. </font></p><p><font face="Verdana" size="2">Apesar de reconhecer o direito de Teruel em defender as acusações contra seu grupo político, Zé Teixeira lamentou a crise que envolve as instituições no País. Segundo ele, esse é um momento difícil para explicar a sociedade. </font></p><p><font face="Verdana" size="2">"Acho que os três poderes são responsáveis pelos desmandos, agora o que mais frustra é que o PT veio para depurar a sujeira, para pregar a ética, mas em vez de limpar trouxe muito mais", disparou. </font></p><p><font face="Verdana" size="2">Diante do debate, o líder do governo na Assembléia, Pedro Kemp (PT), decidiu sair em defesa do PT. "Não podemos admitir que tachem o nosso partido de partido corrupto", reagiu, observando que nem pelo fato de um deputado do PFL ter sido preso em flagrante transportando uma mala de dinheiro, é que o PFL é um partido corrupto. </font></p><p><font face="Verdana" size="2">"Isso nós temos que admitir, portanto, aponte os corruptos do PT, mas o nosso partido vai sobreviver, não podemos generalizar, senão estaremos cometendo uma injustiça", defendeu o líder do governo, ao lembrar também que o presidente nacional do PSDB, Eduardo Azeredo, está sendo acusado, mas, nem por isso, o partido tem que ser considerado corrupto. </font></p><p align="right"><font face="Verdana" size="1">Willams Araújo</font></p>