Kemp defende moção de apoio aos bancários
“Estamos no sexto dia de greve e nossos patrões não nos chamam para conversar”. Foi assim que a presidente do Sindicato dos Bancários de Campo Grande e Região (SEEB-CG), Iaci Terezinha Rodrigues de Azamor Torres, se posicionou nesta terça-feira (24) quando ocupou a tribuna durante a sessão da Assembleia Legislativa e falou sobre a paralisação da categoria. O deputado estadual Pedro Kemp (PT) apoia os bancários e anunciou que deverá apresentar na quarta-feira (25) uma Moção de Apoio às reivindicações dos bancários que hoje completam o sexto dia de protestos em todo o País, onde 10 mil agências estão fechadas.
Kemp defende o reconhecimento prestado à sociedade pelos bancários e a valorização da categoria e ainda, mais segurança e mais bancários para dar agilidade ao atendimento aos clientes.
Segundo Iaci Torres, os bancários têm construído os lucros, mas ficam de fora dos benefícios e principalmente, hoje enfrentam doenças psíquicas pela pressão de ter que venderem produtos aos clientes. “150% da folha de pagamento é fechada com as tarifas, ou seja, todo lucro que construímos não interfere na remuneração. Somos a 5a economia do mundo e o 12o pior em distribuição dessa renda”. Ela aproveitou para pedir apoio para que os partidos pressionem seus congressistas a votarem contra a PL 4330, que dispõe sobre a terceirização. De acordo com a sindicalista, a terceirização tem colocado em risco os postos de trabalho dos bancários.
Reivindicações
Os bancários pedem reajuste salarial de 11,93% e a Febraban apresentou proposta de 6,1%.
Além do aumento de 11,93%, os bancários também reivindicam participação nos lucros e resultado de três salários, mais R$ 5.553,15; piso de R$ 2.860,21; auxílios-alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá de R$ 678 ao mês para cada; melhores condições de trabalho, plano de cargos, carreiras e salários para todos os bancários, auxílio-educação para graduação e pós-graduação. Outra exigência da categoria é a prevenção contra assaltos e sequestro, com o fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários.