Indignados com invasões a templos, deputados cobram Segurança Pública
O assunto Segurança Pública volta a ser cobrado pelos deputados estaduais de Mato Grosso do Sul, na tribuna da Assembleia Legislativa. Os parlamentares estão indignados com o alto índice de invasões a templos religiosos em Campo Grande, com saques e depredações.
Quem trouxe a denúncia foi o deputado Dr. Paulo Siufi (MDB), que contabilizou por meio de matérias da imprensa que um templo evangélico na Capital foi invadido seis vezes este ano e outras cinco igrejas católicas foram saqueadas nos últimos três meses.
“Sei que o Estado é laico, mas a segurança tem que ser para todos e tem que dar uma resposta a isso. Estão invadindo nossa fé, levando crucifixo, abrindo sacrários, levando as contribuições do dízimo. Isso afeta a comunidade inteira. Tem igreja gastando mais de R$ 10 mil com sistema de segurança e vigilante, mas quem tem que garantir nossa segurança é o Estado”, cobrou Siufi.
O parlamentar disse que acredita que muitos dos invasores são usuários de drogas, que buscam objetos para trocar para manter o vício. O deputado Cabo Almi (PT) concordou. “A polícia deve até saber quem são os meliantes frequentes, que vivem no entorno. Precisamos traçar um plano estratégico para recolher esse pessoal, alguns já têm passagem pela polícia. Podemos marcar audiência com a Secretaria de Segurança para construir essa ação de combate junto. O cidadão não pode se sentir desprotegido”, ponderou Almi.
O presidente da Assembleia, deputado Junior Mochi (MDB) cobrou prevenção. “É preciso mais policiamento no entorno, durante todo o ano. Quando a invasão ainda é em um templo sagrado, a questão passa a ser alarmante. Precisamos de providências urgentes”, destacou. Herculano Borges (SD) completou. “Igrejas e escolas. Estão adentrando em instituições que deveriam ter respeito. Sei de um templo que levaram todo o equipamento de som novinho, que nem começaram a pagar. Lamentável”, disse.
Para Barbosinha (DEM), a ação de criminosos em igrejas já tomou o Brasil. “Em vários lugares isso acontece.Vi em Minas Gerais as imagens sagradas sem acesso ao público, trancafiadas, por medo de roubo e furto. A inteligência da polícia pode e deve agir, para conferir se são grupos organizados para esse fim e o Estado deve tomar medidas primárias de prevenção, para que diminua os casos”, ressaltou.
O deputado Pedro Kemp (PT) também cobrou da inteligência. “Quando a situação é frequente é possível a polícia trabalhar nesse sentido da prevenção, com informações antecipadas. E também precisamos de respostas”, analisou. O líder do Governo na Assembleia Legislativa, deputado Professor Rinaldo (PSDB), declarou que a Segurança Pública está trabalhando.
“Nossa polícia é uma das mais bem preparadas do país, com números altíssimos de resolução de casos. Falei com o secretário de Segurança [Antonio Carlos Videira], que garantiu que um já está preso. Porém, o que acontece muito é o acusado responder o processo em liberdade. Por outro lado precisamos de políticas de prevenção de drogas. Eu já perdi parente para o vício e a coisa mais triste é ver crianças já cedo viciadas”, finalizou o deputado Rinaldo.
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