Zé Teixeira apresenta Moção de Pesar pelo falecimento de Leonor Cavalheiro Lage
A arte é conhecida mundialmente como uma das formas mais eficientes de registrar as experiências vividas pela humanidade. O artista é capaz de transformar fatos em obras e dar vida aos diversos espetáculos, pinturas, esculturas e todas as outras formas artísticas existentes no mundo.
Por isso, na sessão plenária desta terça-feira (04/12), o deputado estadual Zé Teixeira (DEM) – 1º secretário da Assembleia Legislativa - apresentou Moção de Pesar pelo falecimento da artista plástica Leonor Cavalheiro Lage, ocorrido no último dia 30 de novembro.
“Merecedora de nosso respeito pela nobreza de caráter, pela importância de suas obras, de seu trabalho artístico e cultural, por sua dedicação, altruísmo e pioneirismo como professora de artes, que levou o nome de nosso Estado a todo o Brasil e fora de nossas fronteiras, pelo legado de exemplo de vida a sua família, amigos e cidadãos, conclamamos aos nobres Pares desta Casa de Leis nesta homenagem singela à Artista Plástica Leonor Cavalheiro Lage, e a seus familiares1”, justificou Zé Teixeira em sua proposição.
História - Leonor Cavalheiro Lage nasceu em 02 de maio de 1947, na cidade de Ribas do Rio Pardo, Estado de Mato Grosso do Sul, foi pintora autoditada; em 1972 formou-se em Direito pela FUCMAT – Faculdades Unidades Católicas de Mato Grosso (hoje Universidade Católica Dom Bosco – UDBC); no ano de 1983 cursou História da Arte na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - UFMS (Professor Luiz Galvão Miranda) e Modelagem em Cerâmica (Professor Wandercook).
Artista Plástica de reconhecimento internacional, Leonor foi Professora de Artes por mais de 20 anos, desde 2007 no Projeto Arte no Centro de Integração da Criança e do Adolescente - CICA, em Campo Grande, incluindo o ensino de Técnicas de Desenho, Giz Pastel Seco, Pintura a Óleo, Escultura em Argila e Bronze, e seu trabalho na Restauração de Obras de Arte era ímpar.
Considerada uma das pioneiras no Brasil, com sua arte e dedicação ao próximo, desde 1985 levou a experiência na área do desenho e pintura lecionando para os portadores de necessidades especiais, ensinando e contribuindo para estímulo da autoestima, promovendo exposições com esses aluno, para divulgar suas produções artísticas e integrá-los na sociedade e no mercado de trabalho. Conforme seu filho André Lage, “Chegou a ter quase 200 alunos de pintura, desenho e escultura num determinado período”.
Desde 1980 as obras de Leonor Lage compõem acervos e mostras de artes, exposições coletivas e individuais em diversos Estados no Brasil, no exterior, sendo a maioria de sua participação em Mato Grosso do Sul. Foi Membro do Colégio Eleitoral do Prêmio Multicultural Estadão, indicada pelo Governo do Estado, teve obras catalogadas nos Livros Júlio Lousada, do Nº 06 ao Nº 11, dos anos de 1994 a 2002, e recebeu várias homenagens, dentre elas o 2º Prêmio Pintura do II Salão de Artes Plásticas de MS, pela Fundação de Cultura (1983, em Campo Grande); Menção Honrosa outorgada pela II Bienal de Arte Moderna do Estado de Mato Grosso (1997, em Cuiabá), e Menção Honrosa “Pintores Atuais Brasileiros” (1997, em Azaruja/Évora, Portugal).
Dentre suas obras em painéis, destaca-se o Painel “Batalha Guaicurus (1993 – Campo Grande) que se encontra e no saguão do Palácio Guaicurus – Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso do Sul; a restauração do Painel “Banco Bamerindus” (1993 - Corumbá); Painel “SESC” (1995 – Campo Grande) na sede do SESC da Rua Almirante Barroso; Restauração do Painel “Banco HSBC Bank Brasil S/A – Banco Múltiplo” (1999, 2005 e 2010 – Corumbá).
Leonor Lage também foi responsável pelo “Sarau Poético e Musical”, de 1996 a 2001, no Atelier que leva o seu nome, local de realização de diversas exposições coletivas, lançamentos de livros, leilões de arte, e um dos principais espaços de produção e difusão artística do Estado.
Obras de seu acervo foram adquiridas por colecionadores de vários Estados do Brasil e países como a França, Inglaterra, Bolívia e Argentina, e estiverem ou estão presentes em diversos órgãos públicos, agências bancárias e empresas de nosso Estado e no Estado de São Paulo, incluindo, em Campo Grande: nesta Casa de Leis, no Museu de Arte Contemporânea de Mato Grosso do Sul – MARCO, no Tribunal de Justiça de MS, na Câmara Municipal, no Hotel Exceller, SESC, ERTEL; em Coxim: na Fundação de Cultura; e em São Paulo/SP: no São Paulo Hilton Hotel e no Rubayah Galeria Restaurante.
Aos 71 anos de idade, após descobrir recentemente que estava sofrendo com câncer, permaneceu por 2 meses submetendo-se a tratamento no Hospital do Câncer de Jaú/SP, e morando com uma de suas filhas, em Osvaldo Cruz/SP, onde estava internada na Santa Casa dessa cidade paulista, quando veio a falecer, deixando o esposo Cleomenes Baís Lage, engenheiro civil com quem era casada há 47 anos, quatro filhos, uma neta e dois netos.