Após crítica a policiais mortos, Cel David pede respeito e que esperem as investigações
O deputado estadual Coronel David (sem partido) criticou e repudiou os comentários e comportamento de algumas pessoas que, não bastando a morte violenta de dois policiais civis há uma semana em Campo Grande, usaram as redes sociais para criticar a ação da polícia no caso da morte de Antônio Marcos Roque da Silva e Jorge Silva dos Santos, de 50 anos, lotados na Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos (DERF). Ele falou durante a sessão ordinária da Assembleia Legislativa na manhã de hoje (16).
“Algumas opiniões que estão sendo veiculadas em redes sociais e até mesmo na imprensa, sobre o fato que levou à morte dos dois policiais civis na semana passada, digo a todos que eu aprendi com o meu pai senhor presidente que a gente não pode dar opinião naquilo que não tem pleno conhecimento, por exemplo, eu não posso opinar sobre operação de coração porque eu não sou cirurgião cardíaco, não posso opinar sobre a construção de um prédio, porque eu não sou engenheiro, não sou arquiteto, não sou mestre de obra, não sou pedreiro, eu não posso opinar sobre algumas coisas que eu não tenho conhecimento e o que chama atenção senhor presidente nesse caso que levou à morte os dois policiais civis é que estranhamente pessoas que não tem conhecimento algum do cotidiano da atividade policial, nunca sentaram no banco de uma viatura, nunca sentiram o que os policiais sentem quando são acionados pelo 190, para atender uma ocorrência de alta complexidade, com trocas de tiros, com assalto a banco, não sabem a adrenalina do policial onde vai nesse momento”, defendeu sobre julgamentos tecidos em relação a toda à ação.
Para David, as pessoas precisam aprender a esperar as investigações. “Há pessoas que não dispõe de nenhum tipo de informação, mas se sentem especialistas de sentarem em frente de algum computador, ou a escreverem alguma matéria, algo que não lhes diz competência e que é um puro achismo do que aconteceu no dia. Reza prudência que em casos desse tipo é necessário que nós aguardemos o final da investigação para saber exatamente como é que se deu aquela situação que levou à morte dos dois policiais civis. Por isso, externo o meu repúdio, a minha tristeza, de ver pessoas já colocando senões no procedimento que foi realizado pelos policiais civis quando sequer ao menos nós temos o final da investigação, e a polícia civil vem trabalhando muito nesse sentido. E antes de tudo, que nesse momento a gente respeite as famílias dos policiais civis que perderam a vida, que neste momento haja respeito a instituição polícia civil, respeito a todos os profissionais da segurança pública que saem todos os dias de suas casas para proteger o cidadão que ele nem ao menos conhece e ele se arrisca até para fazer jus ao juramento que a gente empreende no dia de entrada nas instituições policiais. Eu fico muito triste senhor presidente, mas eu espero e realmente a verdade, que tudo vem à tona depois da investigação para que essas pessoas que, de forma afobada lançaram suspeitas e emitiram opinião possam pedir desculpas principalmente a família dos policiais civis que já não estão mais aqui entre nós para poderem se defender”, lembrou.
Os dois foram mortos durante uma investigação quando conduziam dois suspeitos dentro de uma viatura.